domingo, 20 de fevereiro de 2011

"A TV e suas Crônicas" 18 de fevereiro de 2011

A bela moda da TV.


Andamos, andamos e mais uma vez “a gente se vê por aqui”. Novamente no mesmo mundo que nos engole de coisas de que não precisamos, não pedimos, não necessitamos para viver... mas não sei o porquê, nos agradam tanto?! Cheio de superfícies superficiais e o carro do ano. Lotado de capitais capitalistas e a moda da estação.  Mas afinal o que está na moda? Está na moda tudo e qualquer coisa que dê dinheiro, lucro ou o que economize o que já está em crédito. O belo mundo mercenário que usa das belas superfícies, palco para a suposta felicidade de quem vê, está hoje nas mais diversas esquinas. Esquinas da casa, esquinas da rua... não importam aonde, sempre há uma TV ligada. Ao parar em sua frente – Para ver, seja lá o que for – estamos entupindo nossos cérebros de “caraminholas”, enchendo nossas cabeças de belas ilusões, desmoralizando legalmente nossa moral e aumentando nossa “baixa-estima” à necessidade de ser, querer e ter aquilo que brilha diante de nossos pobres olhos enganados pelos mesmos (os mercenários).
Doce TV. Onde simplesmente, vejo o que quero ver, escuto o que quero escutar e se bobear converso com uma velha amiga que nunca me responde torto: a própria! Vejo de tudo pela ampla tela, desde aquilo que nem existe no mundo real, até aquilo que existe, porém não faz parte da minha realidade! Muita informação, muita apelação, muita mensagem subliminar e subentendida, que na moda de hoje, já não usa-se mais o “sub”. É no mínimo uma perda de tempo, e uma lástima perda de dinheiro, dá no mesmo!
Diante de tantas conclusões a respeito das manipuladoras publicidades mercenárias – não sei por que – me lembrei dos terríveis “Reality shows” que hoje, fazem parte fundamental da nova tendência anual da moda mundial. Esses de ibopes altos e escrúpulos baixos, são os consagrados programas “sem noção”, em que até os que denigrem seu nome, assistem de vez em quando. Fazer o que? É uma grande maré que arrasta a tudo e a todos! Porém, que fique clara a verdade. Somos manipulados, humilhados e feitos de bobos a todo tempo, a toda hora. Feitos de verdadeiros – no perdão da palavra –  otários e escravos da TV, vítimas do mundo banalizado em que nos encontramos. Que fique claro isso tudo e ponto final. Não vou mais perder tempo escrevendo sobre isso. Sem mais delongas... está no horário do meu programa favorito, até!
                                                                                            
                                                                                               Raíssa Reis
                                                                                           18/02/2011

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Crônica de Veríssimo que fala sobre "sua" crítica ao BBB:

       "Aquilo que não é meu!"


Se a prova fotográfica não vale mais nada nestes novos tempos inconfiáveis, a assinatura muito menos; ‘E se esta crônica não for minha?!’

Tenha paciência, este parágrafo começa com Leon Trotski mas acaba nas peladas da “Playboy”. Quando Trotski caiu em desgraça na união Soviética sua imagem foi literalmente apagada de fotografias dos líderes da revolucionária do conceito de fotografia: além de tirar o retrato de alguém tornou-se possível tirar alguém do retrato.  A técnica usada para eliminar o Trotski das fotos foi quase tão grosseira – comparada com o que se faz hoje – quando a técnica usada para eliminar o Trotski em pessoa (um picaretaço, a mando do Stalin). Hoje não só se apaga como se acrescenta pessoas ou se altera suas feições, sua idade e sua quantidade de cabelo e de roupa, em qualquer imagem gravada. A frase “prova fotográfica” foi desmoralizada para sempre, agora que você pode provar qualquer coisa fotograficamente. Existe até uma técnica para retocar imagem em movimento, e atrizes preocupadas com suas rugas ou manchas não precisam mais carregar na maquiagem convencional – sua maquiagem é feita eletronicamente, no ar. Nossas atrizes rejuvenescem  a olhos vistos  a cada novela. E quem posa nua para a “Playboy” ou similar não precisa mais encolher a barriga ou tentar esconder suas imperfeições.
O “fotoxópi” faz isso por ela. O “fotoxópi” é um revisor da Natureza. Lembro quando não existia “fotoxópi” e recorriam à pistola, um burrifador à pressão de tinta, para retocar as imagens. Nas “Playboys” antigas a pistola era usada principalmente para esconder os pelos pubianos das moças, que desapareciam como se nunca tivessem estado ali, como o Trotski. Imagino que a pistola tenha se juntado à Rolleiflex no sótão da História.
Se a prova fotográfica não vale mais nada nestes novos tempos inconfiáveis, a assinatura muito menos. Textos assinados pela Martha Medeiros, pelo Jabor, por mim e por outros, e até pelo Jorge Luís Borges, que nenhum de nós escreveu – a não ser que o Borges esteja mandando matéria da sua biblioteca sideral sem que a gente saiba – rolam na internet, e não se pode fazer nada a respeito a não ser negar a autoria – ou aceitar os elogios, se for  o caso. Agora mesmo está circulando um texto atacando o “Big Brother Brasil”, com a minha assinatura, que não é meu. Isso tem se repetido tanto que já começo a me olhar no espelho todas as manhãs com alguma desconfiança. Este cara sou eu mesmo? E se eu estiver fazendo a barba e escovando os dentes de um impostor, de um eu apócrifo? E – meu Deus – se esta crônica não for minha e sim dele?!
                                                                                                                                                                                                                                    VERÍSSIMO, Luis Fernando. Aquilo que não é meu. Jornal O Vale. São José dos Campos. 30 de janeiro de 2011.

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

"Aquilo que não é dele!"


      Que o Big Brother Brasil é um programa de dar vergonha pelas tamanhas “riquezas” culturais que proporciona a sociedade isto é fato, porém mais vergonhoso seria ver nosso renomado Luis Fernando Veríssimo se dando ao trabalho e descartando seu tempo em críticas ao mesmo. Digo isso pois o próprio foi quem desmentiu essa história de que a tal crítica chamada “A Vergonha” seria de sua autoria! Prova: No dia 30 de Janeiro foi publicado na coluna de um jornal no qual o autor escreve, a crônica “Aquilo que não é meu” em que fala sobre a imagem das pessoas hoje, em termos de fotos que enganam com o famoso “fotoxópi” e assinaturas inconfiáveis  em que completa falando sobre a crítica do Big Brother Brasil, esclarecendo não ser obra sua.
No final das contas, conta o que era já desconfiada mentira, tudo volta ao lugar, Veríssimo não elevou nem rebaixou a imagem do Reality Show Brasileiro mais popular do país, ficou neutro nessa história, o que logo causa outra polêmica dentro do ser que descobre tudo isso!Pois afinal nosso Veríssimo ao menos concorda com a bem dita crítica ou será que criticaria a crítica então?!Fica a deixa para o nosso digníssimo (...)